



Assim como na adesão de empresas gaúchas atingidas pelas enchentes ao programa de apoio do governo federal, o chamado Auxílio Reconstrução, que beneficia diretamente as famílias, também enfrenta contratempos. Por meio da iniciativa, são pagos R$ 5,1 mil a moradores desabrigados de municípios em situação de calamidade ou emergência. Até aqui, no entanto, pouco mais de 300,6 mil, ou cerca de 50% dos pedidos realizados, ainda não foram pagos e am por nova análise.
Os motivos são erros, inconsistências ou indicativos de fraude. Entre as informações que constam em levantamento da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução, comandada pelo ministro Paulo Pimenta, estão 1.262 cadastros realizados por prefeituras em nome de pessoas já falecidas, 150.638 cadastrados que não moram em áreas atingidas pelas enchentes e outras 152.780 famílias não tiveram os endereços confirmados.
Pimenta lamentou as tentativas de fraude, destacou que “a fé pública da informação é dos prefeitos” e prometeu que irregularidades sofrerão responsabilização. No caso das empresas, reportado pela coluna no início deste mês, dos 17,1 mil pedidos de o ao programa de Apoio Financeiro, sete mil foram indeferidos. A maioria em função de as solicitantes estarem fora da mancha de inundação. Para tentar resolver o imbróglio e a pedido da secretaria estadual do Trabalho, foi aberta a possibilidade de consulta às razões do indeferimento e de prazo para recursos.
A tragédia das enchentes trouxe à luz, assim como na pandemia, o melhor e o pior de nós. Infelizmente, os movimentos visando usufruir de benefícios sem o devido direito acabam atrapalhando a entrega efetiva do auxílio para parte dos que verdadeiramente precisam do Estado.
Fonte. Correio do Povo
